sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Exposição-discussão


Galera, dia 11/11 teremos uma palestra com o professor Zé Augusto, às 18:30 no DAU. 


Participem! 


Confiram abaixo um resumo sobre o tema:



Metafotografia e outros deslocamentos; aproximações.
Contribuição à crítica da vida cotidiana e da urbanização contemporâneas no Brasil_título da exposição-discussão de ensaio metafotográfico
José Augusto Martins Pessoa_autor*   |   Espaço e tempo na arte e ; Estética e política_temas

Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo - CACAU | UFV_promoção
11 nov 2009 | 18h30 | saguão do Departamento de Arquitetura e Urbanismo - DAU_data | hora | local
campus universitário UFV, Viçosa, MG, Brasil




resumo_Fotografias tremidas, borradas de modo deliberado, ou ainda desfiguradas, deformadas nos contornos dos objetos e das figuras humanas, podem mesmo assim serem denominadas de fotografias? E mesmo quando não mais se tem por objetivo representar na (ou tomar a) cena fotográfica um documento, a verdade ou o belo, que conteúdo outro poderá ter uma cena produzida por meios óptico-lumínicos e táteis? Imagens fotográficas em que objetos e seres se movem sobre um espaço suporte inerte hoje ainda informam sobre a acelerada e desigual dinâmica atual de reprodução do espaço, do tempo e do desejo? Em meio a deslocamentos contemporâneos sem igual nos campos da estética, da ética e da política busco introduzir um deslocamento na linguagem fotográfica, aqui denominada metafotografia, no encontro de interesses teóricos e poéticos. Na obra metafilosófica de Henri Lefebvre encontramos uma rica e fértil crítica da vida cotidiana e da produção do espaço, da sociedade e do corpo em pedaços. Esta crítica nos possibilita leituras posicionadas e renovadoras da diversas faces da “modernização anômala” e da “urbanização crítica” em ato no Brasil. Por dentro destas leituras apresento minha contribuição científica à discussão sobre a atual difusão e generalização do “tempo imposto” e do “cotidiano” entre os mais diversos sujeitos e segmentos sociais brasileiros, experimentando mais e mais situações de passagem, onde a permanência tende ao residual. Em seguida, me pergunto sobre as possibilidades de um pensar e de um gesto metafotográfico sintonizado ou nutrido por estas leituras de cortes filosófico e científico, tomando aqui a produção e a “linguagem” fotográfica, em suas vinculações e transposições entre campos e linguagens outras. Neste sentido, ensaio uma exposição-discussão estética do material, do processo e dos produtos metafotográficos, apresentados ora como “derivas”, ora como circunstâncias técnico-criativas resultando em “silêncios-rasuras-escritas” optatilumínicas, ou ora ainda como “deslocamentos” na arte. É como querer extrair do que se repete, o novo, do comum, aquilo que é inusitado, por ruim que seja.

palavras-chave_Metafotografia; metafilosofia; Henri Lefebvre; tempo imposto e cotidiano; urbanização em pedaços


*possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará, e doutorado em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência nas áreas de Planejamento Urbano e de Arquitetura e Urbanismo, com foco em teoria e técnica territorial, urbanística e arquitetural, e em política urbana; e na área de Geografia Humana, com ênfase em produção social do espaço e do tempo. Coordenador e pesquisador da linha de pesquisa Vida Cotidiana e Produção do Espaço Urbano, do Grupo de Elaboração, Monitoramento e Avaliação Participativa de Projetos Sociais - GEMAPP/CNPq/UFV. Membro das linhas de pesquisas Poéticas da cena: transposição de linguagens, e Práticas e processos em artes, do grupo Estudos Integrados em Dança, Teatro e Dança-Teatro/CNPq/UFV. Atua principalmente nos seguintes temas: urbanização brasileira, tecido urbano, vida cotidiana, representação do espaço, hospitalidades contemporâneas, reprodução social e criação.